Vincent é um garoto de 7 anos como qualquer outro, a não ser pelo fato de que, ao invés de adorar contos-de-fadas ele tem fascinação por Edgar Allan Poe e no lugar de fantasias sobre soldados e super-heróis, nelas ele imagina ser Vincent Price, o ator famoso por conta de seus filmes clássicos de terror. Este curta-metragem, produzido em 1982, em apenas 6 minutos faz um compêndio do tudo o que inspira e define o estilo gótico de seu criador, Tim Burton: a técnica utilizada é a stop-motion, que foi adotada por ele em dois outros longa-metragens; ao invés de cores, a cenografia é em um preto e branco que realça o estilo dark da animação, como feito mais tarde em “Ed Wood”; Edgar Allan Poe, obsessão do garoto que protagoniza o filme, é também um dos escritores com o qual o estilo do diretor mais se assemelha e, finalmente, Vincent Price não apenas é o narrador do poema que acompanha a animação, mas o ídolo confesso de Burton, a quem ele convidaria para participar de um de seus filmes mais emblemáticos, “Edward Mãos de Tesoura”. Assista ao divertido curta-metragem neste link do YouTube, com legendas em português, e baixe o arquivo dele em vídeo de alta-qualidade utilizando este outro link.
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O prestigiado diretor Nicolai Fuglsig dá mais um show de inventividade na peça publicitária encomendada para a rede de lojas norte-americanas JC Penney: usando efeitos especiais e trucagens tradicionais, que nada de digital teriam, o diretor dinamarquês fez um clipe divertidíssimo, onde as coisas mais cotidianas ganham um toque fora do comum. A canção escolhida para servir de trilha, “Music Box”, da cantora e compositora Regina Spektor, é mais um sinal da apurada sensibilidade pop de Fuglsig, famoso por unir seus delírios visuais com a música ideal. Assista via este link do YouTube ou baixe o vídeo, com qualidade muito superior, usando este outro link. Se gostou da música, use o link abaixo para obtê-la.
Regina Spektor – “Music Box”:
http://www.badongo.com/file/5600201
O curta-metragem “Tir Nan Og” faz, de modo poético e extramente emocionante, uma metáfora sobre a morte e o adeus aqueles que amamos. O filme, com visual arrojado que faz uma mistura primorosa de animação tradicional e digital, foi o trabalho de conclusão dos estudos do diretor francês Fursy Teyssier, e demonstra que o seu enorme talento poderia ser aproveitado em aventuras ainda mais ambiciosas. A trilha sonora merece destaque à parte: a canção utilizada com trilha do filme é a espetacularmente bela e delicada de “The Slow Wait”, da dupla de música experimental americana The American Dollar. Infelizmente, não consegui encontrá-la disponível em mp3. Mas fica aqui o filme, via este link do YouTube ou neste outro ainda, para download em qualidade de imagem maior.
2 ComentáriosUm homem, inerte em sua rotina algo insípida, é um dia surpreendido pela companhia de um ser estranho, de feições humanóides, mas composto de cilindros de concreto. A partir de então, onde quer que esteja, aquela entidade o acompanha incansável e inexpressivamente. Logo ele descobre que não parece ser o único a carregar esse “fantasma” – outras pessoas igualmente carregam os seus, todas entidades diferentes entre si.
Com a ajuda do irmão Jason no roteiro, o diretor Trevor Cawood produziu este curta-metragem perturbador, não apenas com uma idéia muito original e aterradora, que intensifica pouco a pouco no espectador a idéia de claustrofobia, esquizofrenia e paranóia, mas com uma inteligência espetacular ao explorar a frieza obscura e quase insana dos ambientes típicos de uma metrópole, bem como fazendo proveito dos elementos deste cenário urbano para o desenho de cada uma das estranhas entidades que, como anjos da guarda que não causam bem algum, prostram-se silenciosas ao lado de seus escolhidos, observando-os contínua e ininterruptamente – é um dos melhores curta-metragens que já tive a oportunidade de obter pela internet, chegando a lembrar-me, na breve sequência em que o protagonista perambula desnorteado nos soturnos corredores do metrô, quase ao final do curta, a extraordinária cena de Isabelle Adjani no filme “Possessão”, de Andrzej Zulawski. Assista logo via este link do YouTube ou – o que eu recomendo muito mais, devido ao visual arrojado do vídeo – baixe-o utilizando este link para o tamanho grande ou este link para o vídeo no tamanho médio.
O duo sueco Koop – com o auxílio inestimável de Ane Brun no vocal -, ao lançar “Koop Island Blues”, uma faixa de imensa elegância, fez por bem encomendar um vídeo que fizesse jus a atmosfera cheia de classe e brilho da canção. No vídeo dirigido, por JF Julian, somos expostos à rotina de uma garota de programa, que quando não se joga nas ruas de Paris para ganhar dinheiro com o esforço do sexo prostra-se, fumando ou em intermináveis e ociosas lamentações no seu apartamento – cuja decoração é mais marcada por garrafas de bebida do que por mobília. Apesar da estilização extrema do vídeo, cuja fotografia e enquadramentos da câmera são seus pontos mais altos, e apesar da igualmente bela música do Koop, o encaminhamento da história, bem como o seu desfecho, deixam no clipe aquele gosto de “como ser uma prosti chique, mesmo que no fim você acabe tão na sarjeta quanto a Rê Bordosa”. Delicioso – inevitável colocar logo a música no iPod e sair andando sem rumo pelo centro da cidade, fingindo-se tão elegantemente miserável quanto a protagonista do vídeo. Assiste no YouTube por este link ou baixe o vídeo usando este outro link. E se você gostou tanto da música quanto eu, use o link a seguir para baixar o mp3.
“Koop Island Blues”: http://www.badongo.com/file/5267964
2 ComentáriosA holandesa Lolly Jane Blue nem tem o seu álbum de estréia finalizado ainda mais já deixou candidato a single e vídeo prontos para qualquer eventualidade. E logo que se termina de assistir ao clipe dirigido por Sil van der Woerd, que também está contribuindo com o disco ao lado de Mosan Tunes, fica-se com a impressão de que a cantora está com sérias pretensões de encarar a fila de Björk ou mesmo de uma Madonna com o modo “Bedtime Stories” ligado. O vídeo tem uma concepção visual impressionante e sofisticada, mas as vezes resvala em algum excesso de breguice, como na sequência “mamãe sou um híbrido de Marilyn Monroe e Princesa Léia flutuando no espaço”. Apesar de alguns exageros, que bem podiam ter sido enxugados, tanto música quanto clipe, na maior parte do tempo, despertam o interesse e enchem olhos e ouvidos.
Assista ao vídeo via YouTube neste link ou baixe o arquivo, em alta qualidade, neste outro link. Se você por um acaso gostou da proposta, baixe as duas versões disponíveis da canção usando os links a seguir.
“Worms”: http://www.badongo.com/file/5167971
“Worms Revisited (Acoustic)”: http://www.badongo.com/file/5167990
Este curta metragem, ambientado em um mundo obscuro e sinistro, mostra Jojo, a trapezista que é a principal atração de um show de aberrações que toma lugar toda noite em um castelo soturno. Entre a imensa platéia, sedenta pelo desfile de bizarrices esta uma criatura que se faz presente apenas para admirar Jojo todas as noites. Talvez entendendo que a estrela do evento vive solitária e aprisionada, a criatura decide libertá-la, ao mesmo tempo que finalmente tenta aproximar-se de seu amor. No entanto, a paixão dos dois não passou despercebida pelo organizador da atração noturna e, assim, a fuga dos dois talvez tome rumos inesperados e drásticos.
Muito além da animação e estilo do curta, o que mais encanta é a trilha sonora, que lembra vagamente a de um dos meus curta-metragens preferidos dos últimos tempos, “Over Time”. Assista via este link do YouTube ou baixe através deste outro link.
Lembram da peça publicitária, a terceira e tão aguardada, que a Sony fez para promover a sua linha de TVs LCD, Bravia? Pois então, pouco depois de seu lançamento, este cara revelou a incrível semelhança entre o comercial e este seu desenho – e, de fato, impossível que tenha sido apenas coincidência. O fato é que desde então a Sony, ou melhor, a agência publicitária contratada pela empresa, vem sendo acusada de plágio nos blogs coletivos, fórums e portais dedicados ao mundo dos vídeos. Talvez para tentar diminuir a polêmica, a Sony lançou, na surdina, um outro vídeo para a linha de TVs, que guarda algumas semelhanças com o primeiro e mais famoso comercial. Neste aqui, uma infinidade de carretéis de linha de diversas cores e tonalidades são arremessados por sobre uma das pirâmides do Egito, recobrindo uma de suas laterais como um gigantesco manto colorido. É uma peça linda, muitíssimo bem feita e bem bolada, mas como o pessoal na internet ficou meio decepcionado com o possível plágio, algumas pessoas já confessaram uma certe dúvida se neste vídeo, diferentemente do que ocorreu com os outros, não há algum tipo de animação digital – é, vai ser difícil recuperar a confiança…! Assista o video neste link do YouTube ou baixe ele via este link – na minha opinião vale mais a pena baixar porque a versão do YouTube está com a qualidade de imagem um tanto ruim.
Deixe um comentárioNeste curta-metragem de 1998, o ator Ewan McGregor surge em uma praia, caminhando à distância, em direção ao primeiro plano quando, de repente, estaca no meio do caminho. Curiosamente, o que ele encontra é um doce apetitoso, uma bomba, aparentemente de chocolate, cuidadosamente acomodada sobre o chão. Sozinho naquela imensidão, quem resistiria em dar uma bocada no jubiloso quitute? Pois é, mas como diz o ditado: a curiosidade matou o gato – se bem que, no caso desse curta-metragem, podia sar a gula.
Ah, não me culpe se achar o vídeo um tanto violento a certa hora, ok? Que sirva como aviso.
Assista ao vídeo neste link do YouTube ou baixe o arquivo neste outro link.
Em mais um curta-metragem fenomenal de alunos da Supinfocom, a universidade francesa de animação digital, um espantalho que não espanta é julgado pelos seus iguais por sua amizade com um pássaro e, sendo considerado culpado, é jogado em uma cela para aguardar sua execução. Esplêndida fábula, com animação soberba e um argumento que chega a enganar o espectador apenas para, com ainda maior beleza, reafirmar que a amizade move o mundo. Assista neste link do YouTube ou baixe neste outro link.
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