A internet tornou possível o contato com curtas-metragens magníficos, que um certo jornalista brasileiro ousou, durante cobertura não-oficial pela internet da cerimônia de premiação do Oscar deste ano, chamar de produções irrelevantes. Kiwi!, esta pequena obra-prima, mostra, com sua avassaladora popularidade, o quanto esta afirmativa é vazia e tola. No filme, um pequeno pássaro da família dos Kiwis, um tipo de ave incapaz de voar devido suas asas diminutas, faz das tripas coração para realizar o sonho de toda sua existência. Me impressionou como um filme tão pequeno e tão pouco pretensioso consegue, de maneira espetacular, atingir as emoções do espectador. Esqueça “Rei Leão”: “Kiwi!”, com uma centena de minutos a menos, é muito mais efetivo ao atingir o espectador contando uma estória bonita, triste e profundamente tocante. Os aspectos técnicos também são primorosos: a trilha sonora, na sua veia cômica feita por sopros em uma tuba e na sua veia emotiva feita por uma melodia que lembra uma caixa de música, combina de maneira fabulosa com a animação digital de traços adoráveis e fofos. O pássaro de Kiwi fica, para mim, como um dos personagens mais emocionates e humanos já criados na estória das animações, de curta ou longa-metragem. Fabuloso e inponderavelmente brilhante – lágrimas mostram o quanto eu não estou mentindo. E fica, como aspecto negativo ao ter descoberto este curta, a prepotência da equipe e usuários do Wikipedia, que discutem excluir um artigo sobre este vídeo. Não há termos e regras de uso que me expliquem o que torna este curta metragem menos interessante ou relevante do que tantas outras coisas que constam na famosa enciclopédia online – sinceramente, eles caíram no meu conceito. E o YouTube e seus usuários, ao contrário, subiram – afinal de contas, mais de 2 milhões de visualizações e mais de 12 mil comentários não devem, de forma nenhuma, ser desprezados.
Baixe já este curta metragem mais do que imperdível pelo link abaixo.
http://www.donysanimation.com/Kiwi.mov
Uma explicação: Sim, ele pregou TODAS as árvores – é simplesmente perfeito.