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Tag: cinema norte-americano

“X-Men Origins: Wolverine”, de Gavin Hood. [download: filme]

X-Men Origins: WolverineLogan, mais tarde conhecido como Wolverine, e seu irmão mais velho Victor, são mutantes com instintos selvagens recrutados para um projeto de mercenários com super-poderes. Não demora muito e Logan abandona o grupo por discordar de seus métodos e intenções excusas. Alguns anos depois, o mutante tem que combater os membros do grupo com o qual se envolveu no passado, inclusive seu irmão.
A premissa é realmente interessante: filmar toda a origem de um dos mutantes mais enigmáticos do universo Marvel e dos mais adorados pelos fãs. Se bem encaminhado, o filme poderia reeditar a qualidade dos dois primeiros longas da série X-Men, que conseguiram introduzir os personagens no mundo do cinema sem desvirtuar demais suas personalidades e sem violar excessivamente a mitologia destes nos quadrinhos. Contudo, por este ser de certo modo o quarto filme da série, o risco de errar a mão era bem maior. E foi bem isso que ocorreu.
Os dois maiores problemas do longa do diretor Gavin Hood estão relacionados ao modo como o argumento foi desdobrado no roteiro. O primeiro consiste na pressa no desenvolvimento dos episódios que constituem a história, que leva a supressão de uma descrição e delineamento mais detalhados de eventos que determinam a sucessão de acontecimentos do filme – é por isso, por exemplo, que a inveja e mágoa que Victor nutre pelo irmão Logan parecem muito pouco convincentes. O segundo seria a preguiça dos roteiristas em procurar soluções mais realistas para algumas sequências – afinal, Logan não teria notado com uma certa facilidade que apesar do sangue sua amada não estava ferida?
É certo que há algo de positivo no filme. Obviamente que o que há de mais acertado no longa-metragem é Hugh Jackman voltando a incorporar o personagem que lhe rendeu tanta fama: sua personificação de Wolverine continua impecável – com o adendo de que aqui estamos diante do protótipo do que o mutante se tornaria efetivamente mais tarde, e Jackman consegue transmitir isso com toda propriedade, suavizando sutilmente os contornos violentos e selvagens que integram a personalidade de Wolverine no futuro. Apesar da pouco aparecer durante o filme, a estréia do mutante Gambit, tão sequiosamente aguardado há tantos anos pelos fãs do X-Men, também é feita com considerável impacto, e ganhou em Taylor Kitsch um interpréte respeitável. Só mesmo a participação do mutante encarnado por Ryan Reynolds deixou bastante a desejar, e não por culpa do ator canadense: se muito, há 15 ou 20 minutos de participação do ator no longa-metragem, sendo que em cerca de metade disso ele é transformado do estonteante e sexy Wade Wilson para ficar quase irreconhecível na pele de Deadpool, no qual sofreu alguns artifícios e interferências no seu rosto perfeito para deixá-lo assustador e ainda tem que dividir a encenação com um dublê devido ao conhecimento deste em artes marciais – pode parecer apenas um detalhe no meio do filme, mas como Ryan Reynolds é o meu altar-mor de obsessão, pra mim é um erro imperdoável não apenas aproveitá-lo tão pouco, mas também utilizá-lo de modo tão inadequado. E visto que já foi declarada a intenção de aproveitar Deadpool para mais um filme solo, quero ver o que vão fazer pra consertar a adaptação tão esdrúxula – pra não dizer ridícula – que o personagem sofreu ao ser transposto dos quadrinhos para as telas. Quem já viu o filme sabe do que eu estou falando.
Deste modo, “X-Men Origins: Wolverine”, apesar de tanto esmero e tempo gasto na produção, resultou num longa-metragem apressado e mau-acertado. Talvez, com apenas uns vinte minutos adicionais, se um terço dos problemas não fosse solucionado seria ao menos suavizado, com toda certeza – e ainda não sentiríamos um certo desgosto ao saber que o desastre pode ser repetido, se não for intensificado, na óbvia sequência, já declarada, do filme.

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“Motoqueiro Fantasma”, de Mark Steven Johnson. [download: filme]

Ghost RiderJohnny Blaze, jovem motoqueiro, faz inadvertidamente um pacto com o diabo para curar seu pai. Depois de quinze anos o diabo retorna, fazendo com que a noite Johnny torne-se um ser indestrutível. Seu objetivo: destruir, a mando do diabo, os quatro seres renegados que pretendem encontrar um contrato maldito de mil almas que dará o domínio da terra para aquele que o possuir.
O filme “Motoqueiro Fantasma” tem ótimos efeitos especiais e um bom ritmo de ação mas, peca em algo básico na construção de um filme: o roteiro. O diretor Mark Steven Johnson, que também se encarregou da função de roteirista, não deu muita atenção na composição da estória, criando um argumento que se sustenta em soluções simplistas que sacrificam a verossimilhança da estória, ou até mesmo optando por não explicar algumas coisas que exigiam um mínimo de justificativa. O maior problema esta relacionado ao interesse do diabo em ter servos – cavaleiros ou motoqueiros, o que quer que sejam: como nunca é explicado porque o próprio senhor das trevas não faz o serviço que designa a outros, a existência e necessidade deles perde muito do sentido – não seria difícil inventar qualquer desculpa que impedisse o diabo de agir por si só. Além disso, não há qualquer esclarecimento de como o tal contrato, tão desejado, permaneceu escondido por tanto tempo: se ele dava tanto poder aquele que o possuiria, por que o seu verdadeiro dono – o diabo, poderoso como seria – perdeu interesse por ele, voltando a lhe dar atenção apenas quando poderia ser tomado por outros? Um outro defeito na composição do argumento é a maneira como Johnny Blaze é relacionado com o Motoqueiro Fantasma, depois de sua última aparição “anônima”: em meio a tanta destruição, incluindo inúmeros automóveis, como uma placa de moto seria o suficiente para justificar sua culpa? Não faria sentido que ela estivesse ali, como tantas outras, por efeito de tudo o que foi demolido na passagem dessa entidade? Ou ainda: será que uma frágil placa de moto resistiria aos efeitos fantásticos da passagem do motoqueiro, quando nem automóveis estacionados e edifícios passaram ilesos? Há outros tantos furos no roteiro – o modo como o Motoqueiro mata os seres que buscam o contrato, especialmente o relacionado à água, é outro problema -, mas como o três acima expostos organizam a base do argumento, muito da história fica bastante comprometida. De bom, mesmo, só resta a atuação de Peter Fonda como o diabo, que mesmo com uma participação limitada consegue conferir alguma qualidade ao filme, sem cometer os exageros que este papel, sedutor como é, acaba sempre causando na interpretação dos atores – basta lembrar de Al Pacino em “Advogado do Diabo”.
Apesar do sucesso nas bilheterias, “Motoqueiro Fantasma” é a primeira adaptação dos quadrinhos – da atual colheita – que assisti e avaliei como suficientemente ruim. Um tantinho mais de atenção à história dariam um pouco mais de crédito ao filme e ao seu personagem principal – do jeito que ele está, o adorado Motoqueiro é tão bobo, cafona e desprovido de charme quanto as figuras barbudas e tatuadas que inspiraram sua existência.
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“Babel”, de Alejandro González Iñárritu. [download: filme]

BabelDois garotos marroquinos, perigosamente lidando com um rifle pela primeira vez, um casal de turistas americanos, vivendo uma crise conjugal, uma babá, de origem latina, tentando comparecer ao casamento do filho, uma adolescente japonesa muda, em conflito silencioso com o pai – todos estes personagens, ocupando diferentes espaços e vivendo diferentes realidades, estão, em algum nível interligados por um incidente que que terá consequências para todos.
“Babel”, filme que fecha a trilogia desenhada por Iñárritu, sofre com as decisões equivocadas do diretor e seu roteirista, Guillermo Arriaga. Nos dois filmes anteriores, pelo fato de os personagens ocuparem o mesmo espaço geográfico, era desnecessário que eles se conhecessem antes do evento que os envolvia (como acontece em “21 Gramas”) ou mesmo que travassem algum tipo de relação após o evento que atingia a todos (como foi em “Amores Brutos”). Neste último longa-metragem, o diretor decidiu misturar as duas diferentes formas de abordar os personagens e desenvolver o argumento e, ainda, distribuiu os personagens em diferentes pontos do mundo, o que acaba por enfraquecer a fragmentação e a não-linearidade, tão bem arquitetada nos filmes anteriores. É por conta disso que o incidente, característica maior da trilogia, já não envolve todos os personagens e, consequentemente, eles não chegam a travar contato, mesmo que momentaneamente, tendo muitas vezes uma ligação indireta e fraca: um exemplo claro é a ligação dos personagens do núcleo japonês com o incidente, tão tola e desnecessária que fica muito difícil de aturar.
Mas, se evitarmos comparar este filme com os dois anteriores de Iñárritu ele acaba não sendo tão problemático, repousando na categoria dos filmes com qualidade regular – graças ao bom desempenho dos atores, à qualidade técnica e à direção competente. Porém, ainda vamos encontrar pelo menos uma característica incômoda, já que o grande diferencial que o diretor e o roteirista planejaram para este filme não tem qualquer efeito de importância para a trama: a impossibilidade de comunicação entre pessoas de diferentes línguas e culturas não apenas não acontece como não tem qualquer razão de ser no longa-metragem, já que os eventos da trama tomam lugar sem qualquer relação de causa desta falta ou dificuldade comunicativa e cultural.
A impressão que se tem, ao terminar de ver a película – que além de tudo é desnecessariamente longa -, é que tudo o que há de marcante e original nos filmes anteriores diluí-se demasiadamente em aqui, tornando o longa-metragem bastante insípido. Como disse minha melhor amiga, com a inteligência que lhe é tão cotidiana, “Babel” é o resto de história de “Amores Brutos” e “21 Gramas”.
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legendas (português):
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