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Kasabian – Empire. [download: mp3]

Kasabian - EmpireEssa banda inglesa, com dois lançamentos de estúdio até o momento, faz um indie-rock superlativo, cujas canções tem melodia quase “over” de tão agitadas: é difícil encontrar um espaço vazio na música da maior parte das faixas. Vemos isso no modo quase incômodo como é explorada a programação eletrônica nas velozes e hipnóticas “Apnoea” (sobre uma revolução popular que almeja acabar com a opressão produzida pelos governantes) e “Stuntman” (que chama os soldados de “dublês”, devido à maneira como prontamente substituem os que já morreram lutando em uma guerra). No entanto, é a fusão de programação eletrônica e indie-rock que faz a tônica do álbum, já que a maior parte das canções foi feita dentro desta concepção harmônica. “Empire” (canção de teor esnobe, que canta os excessos de alguém por quem não temos muito apreço, bem como os nossos próprios), “Shoot the Runner” (que trata em suas letras, de maneira até algo ofensiva, de como os governantes deixam-se tomar pelo sentimento ilusório de supremacia, esquecendo-se que tudo é passageiro e fulgaz, até mesmo o poder) e “Last Trip (In Flight)” (que fala sobre um homem que, de maneira fatalística e inconsequente, tenta conquistar o amor de alguém já comprometido), as três primeira músicas, são um exemplo disso: todas tem instrumentação rock incansável e nervosa, onde guitarras, baixos e bateria são manipulados de maneira explosiva, com um vocal britanicamente arrogante e petulante e uma programação eletrônica profusa e sutilmente saudosista. Embora estas faixas tenham um equilíbrio na sua energia e profusão melódica, outras apresentam um destaque específico dentro da música. É o caso de “Me Plus One” (uma canção que fala sobre uma paixão mal-sucedida e doentia), cujo destaque fica para os acordes econômicos e minimalistas da violão durante toda a melodia e também para a programação eletrônica visivelmente inspirada na música árabe, e de “Sun Rise Light Flies” (que fala sobre o efeito anestésico de um domingo de sol sobre os males que nos afligem) cuja programação eletrônica, que se utiliza de guitarras distorcidas para forrar o fundo da melodia e criar ainda um loop fabuloso de alguns poucos acordes, invade a imaginação do ouvinte como o sol do amanhecer. Por outro lado, “By My Side” (que aparantemente trata dos efeitos de conflitos bélicos sobre as relações humanas ) mostra um Kasabian mais contido, que procura construir a luminosidade da fusão de programação eletrônica e rock com menos pressa e avidez. Porém a última canção do disco, “The Doberman” (que trata de um homem desiludido com a condição do mundo em uma Londres não menos caótica), é isoladamente o destaque absoluto do álbum. A música sustentaria o disco inteiro sozinha, com sua melodia que trabalha um crescendo contínuo de vocais, violões e guitarras algo tristes e bateria acústica marcante, até explodir em um devaneio latino-rocker, cheio de palmas e backing vocals múltiplos.
É bem verdade que tamanha profusão sonora possa estressar os ouvidos do ouvinte, mas também é verdade que a banda faz isso com enorme maestria: mesmo soando cansativo às vezes, Empire é um disco de energia contagiante, irrefreável do início ao fim.
Baixe o disco utilizando o link e senha abaixo para descompactar os arquivos.

senha: seteventos.org

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